O cinema nasceu na França e muitos sabem. Quando os irmãos Lumiére o criaram, em 1895, talvez não soubessem o rumo que ele tomaria daqui a cem anos. Se pudessem ver o caminho que, principalmente, o cinema francês tomou, com certeza, estariam orgulhosos.
Não sei se partirá daqui somente minha opinião, porém o cinema francês é, para esse reles mortal, o de melhor qualidade. Cinema feito com alma, com o amor de quem viu, desde bebê, esta arte dar os primeiros passos na Europa.
Quem nunca se impressionou com Viagem à Lua de Mélies, se emocionou com a delicadeza de Truffaut ou com a política dos filmes de Costa-Gavras? Ou perdeu-se nos enredos de Resnais, como Hiroshima, meu amor e O ano passado em Marienbad, sempre presentes nas listas de melhores filmes do século XX? Além do modo único e autoral de Godard que, na Nouvelle Vague, descobriu junto com outros jovens diretores a forma de transgressão e inovação do cinema europeu. Uma grande arma de protesto cultural.
Um cinema que lançou deuses e musas como Bardot, Delon, Deneuve e Moreau ou até mesmo a delicadíssima Audrey Tautou, como Amélie Poulain, em uma fábula moderna que se tornou cult e consta na lista de favoritos de 11 entre 10 amantes da Sétima Arte.
E como não se apaixonar pela cidade-luz no filme Paris, eu te amo ou amar o país que tem o melhor festival de cinema do mundo: Cannes e foi palco de grandes filmes (não necessariamente franceses), como Casablanca, Esqueça Paris e o casal de Antes do Pôr do Sol e Antes do Amanhecer, cujo (re)encontro acontece nas belas ruas da capital francesa.
Nos últimos anos o cinema francês tem lançado obras nos mais diversos gêneros. Em Canções de Amor, o diretor Christophe Honoré (Em Paris) embrenha no campo musical.
O gênero, subestimado, teve seu auge nos anos 40, 50 e 60 nos EUA e ensaiou um breve retorno nos anos 70 e 80, com filmes como Cabaret ou obras mais despretensiosas como Grease, Flashdance e Footloose. Retornou, a partir dos anos 90 com Evita e, nos anos 2000 em filmes como Moulin Rouge, Chicago, Across the Universe e o mais recente Mamma Mia!.
Em Canções de Amor, um triângulo amoroso entre Ismael (Louis Garrel, de Os sonhadores), Julie (Ludivine Sagnier, do aclamado Swimming Pool) e Alice (Clotilde Hesme, que já havia trabalhado com Garrel no belíssimo Amantes Constantes) é interrompido por uma tragédia. Ismael (um Garrel mais charmoso e carismático que seus outros filmes), que vive a perambular por Paris, conhece Erwann (o desconhecido Grégoire Leprince-Ringuet).
Buscando um novo sentido a sua vida para superar a tragédia e viver um novo amor, Ismael – e todo o elenco -, desfilam pelas ruas e apartamentos de uma Paris chuvosa e nublada, cantando seus dilemas, medos e alegrias.
As canções de amor, modernas e com o inconfundível estilo musical francês, fazem do filme um deleite para os olhos e ouvidos, com personagens carismáticos e uma direção segura e delicada de Honoré, que dirigiu Em Paris, também com Garrel. Para quem assiste, é possível acreditar no amor que emerge da tela em olhares, toques e músicas. Seja o amor presente, ausente ou idealizado, o filme faz uma bela homenagem àqueles filmes em que as pessoas “começam a cantar no meio de uma conversa” e ainda criticados por uma parcela daqueles que lotam as salas de cinema.
Em uma cidade apaixonante - e apaixonada - que encontra em seus personagens a busca, dúvidas, dores e alegrias do amor, Paris dá o abrigo.
Uma pequena obra-prima, cativante, e que tem tudo para tornar-se um dos preferidos daqueles que ainda acreditam no amor e nos musicais. Afinal, como li uma vez (infelizmente, não lembro o autor da frase), o problema do amor é que não conseguimos falar dele sem citar velhas canções.
Não sei se partirá daqui somente minha opinião, porém o cinema francês é, para esse reles mortal, o de melhor qualidade. Cinema feito com alma, com o amor de quem viu, desde bebê, esta arte dar os primeiros passos na Europa.
Quem nunca se impressionou com Viagem à Lua de Mélies, se emocionou com a delicadeza de Truffaut ou com a política dos filmes de Costa-Gavras? Ou perdeu-se nos enredos de Resnais, como Hiroshima, meu amor e O ano passado em Marienbad, sempre presentes nas listas de melhores filmes do século XX? Além do modo único e autoral de Godard que, na Nouvelle Vague, descobriu junto com outros jovens diretores a forma de transgressão e inovação do cinema europeu. Uma grande arma de protesto cultural.
Um cinema que lançou deuses e musas como Bardot, Delon, Deneuve e Moreau ou até mesmo a delicadíssima Audrey Tautou, como Amélie Poulain, em uma fábula moderna que se tornou cult e consta na lista de favoritos de 11 entre 10 amantes da Sétima Arte.
E como não se apaixonar pela cidade-luz no filme Paris, eu te amo ou amar o país que tem o melhor festival de cinema do mundo: Cannes e foi palco de grandes filmes (não necessariamente franceses), como Casablanca, Esqueça Paris e o casal de Antes do Pôr do Sol e Antes do Amanhecer, cujo (re)encontro acontece nas belas ruas da capital francesa.
Nos últimos anos o cinema francês tem lançado obras nos mais diversos gêneros. Em Canções de Amor, o diretor Christophe Honoré (Em Paris) embrenha no campo musical.
O gênero, subestimado, teve seu auge nos anos 40, 50 e 60 nos EUA e ensaiou um breve retorno nos anos 70 e 80, com filmes como Cabaret ou obras mais despretensiosas como Grease, Flashdance e Footloose. Retornou, a partir dos anos 90 com Evita e, nos anos 2000 em filmes como Moulin Rouge, Chicago, Across the Universe e o mais recente Mamma Mia!.
Em Canções de Amor, um triângulo amoroso entre Ismael (Louis Garrel, de Os sonhadores), Julie (Ludivine Sagnier, do aclamado Swimming Pool) e Alice (Clotilde Hesme, que já havia trabalhado com Garrel no belíssimo Amantes Constantes) é interrompido por uma tragédia. Ismael (um Garrel mais charmoso e carismático que seus outros filmes), que vive a perambular por Paris, conhece Erwann (o desconhecido Grégoire Leprince-Ringuet).
Buscando um novo sentido a sua vida para superar a tragédia e viver um novo amor, Ismael – e todo o elenco -, desfilam pelas ruas e apartamentos de uma Paris chuvosa e nublada, cantando seus dilemas, medos e alegrias.
As canções de amor, modernas e com o inconfundível estilo musical francês, fazem do filme um deleite para os olhos e ouvidos, com personagens carismáticos e uma direção segura e delicada de Honoré, que dirigiu Em Paris, também com Garrel. Para quem assiste, é possível acreditar no amor que emerge da tela em olhares, toques e músicas. Seja o amor presente, ausente ou idealizado, o filme faz uma bela homenagem àqueles filmes em que as pessoas “começam a cantar no meio de uma conversa” e ainda criticados por uma parcela daqueles que lotam as salas de cinema.
Em uma cidade apaixonante - e apaixonada - que encontra em seus personagens a busca, dúvidas, dores e alegrias do amor, Paris dá o abrigo.
Uma pequena obra-prima, cativante, e que tem tudo para tornar-se um dos preferidos daqueles que ainda acreditam no amor e nos musicais. Afinal, como li uma vez (infelizmente, não lembro o autor da frase), o problema do amor é que não conseguimos falar dele sem citar velhas canções.
Um comentário:
aiai
sempre haverá Paris!
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